Homens e Mulheres segundo um stripper portuguesa
Excertos do livro “Amanhã À Mesma Hora – Diário de Uma Stripper Portuguesa”, de Leonor Sousa. Um livro despretensioso que encerra muitas lições sobre homens e mulheres…
“Às vezes, isto de ser mulher e viver sujeita a ciclos menstruais é um verdadeiro drama e, para ser sincera, não percebo como é que os homens nos aturam, sempre tão inconstantes e a mudar de opinião. Se calhar é porque nós também aturamos as merdas deles, sempre a meterem na boca bocados de queijos enormes e rirem-se dos seus próprios peidos…” (p. 319)
“(…) Sei que para perturbar um adolescente, tenha ele treze ou trinta anos, não é necessário ser-se uma bomba de mulher. Basta olhar-se para ele e dar-lhe a entender que, sim, reparamos que ele existe e que, não, não o desprezamos como uma larva miserável.” (p. 350)
“A verdade é que as flores em si não me interessavam para nada. Só as exibi para fazer publicidade a mim mesma… E resultou porque reparei que nas outras mesas os gajos não paravam de olhar para mim e houve mesmo alguns que me piscaram o olho. Os homens são mesmo uns simples. Podem estar horas o olhar para uma girl sentada sozinha, mas só a vêem quando ela se senta ou faz um table dance para outro homem…” (p.362)
“Não só fui entusiasticamente aplaudida de pé, com comentários e assobios de encorajamento por parte do público masculino, como recebi uma gloriosa ovação de silêncio no backstage! E contraste absoluto com a reacção do público, nenhuma das girls me elogiou ou fez qualquer referência ao facto de eu ter incendiado a audiência… Para mim esse silêncio foi um tremendo elogio…” (p. 406)
“A seguir comemos em silêncio, enquanto eu matutava na anormalidade completa que é uma relação em que uma das pessoas tem medo da outra. Se me contassem uma cena destas, eu passava-me dos carretos e chamava “despersonalizada” e “covarde” à pessoa que se submetesse e uma merda assim. Mas agora quem se está a sujeitar a esta situação sou eu. EU! E nunca pensei que isso fosse possível. Que efeito é este que o Pedro tem sobre mim que me torna uma mulher vergonhosamente submissa? (…) É algo que me domina e me bloqueia, impedindo-me de reagir normalmente. É uma dependência terrível, um medo obsessivo de o perder. Isto não é amor. É doença.” (p.443)
“A noite passada o Clube foi invadido por italianos(…).Quando estavam a conversar comigo começou um show no palco, e eu calei-me para os deixar apreciar. Mas eles nem olharam para o palco e disseram-me que, quando se está com uma mulher, não se olha para as outras. Adorei-os!” (p.489)
Recomendo... Só porque sim...
“Às vezes, isto de ser mulher e viver sujeita a ciclos menstruais é um verdadeiro drama e, para ser sincera, não percebo como é que os homens nos aturam, sempre tão inconstantes e a mudar de opinião. Se calhar é porque nós também aturamos as merdas deles, sempre a meterem na boca bocados de queijos enormes e rirem-se dos seus próprios peidos…” (p. 319)
“(…) Sei que para perturbar um adolescente, tenha ele treze ou trinta anos, não é necessário ser-se uma bomba de mulher. Basta olhar-se para ele e dar-lhe a entender que, sim, reparamos que ele existe e que, não, não o desprezamos como uma larva miserável.” (p. 350)
“A verdade é que as flores em si não me interessavam para nada. Só as exibi para fazer publicidade a mim mesma… E resultou porque reparei que nas outras mesas os gajos não paravam de olhar para mim e houve mesmo alguns que me piscaram o olho. Os homens são mesmo uns simples. Podem estar horas o olhar para uma girl sentada sozinha, mas só a vêem quando ela se senta ou faz um table dance para outro homem…” (p.362)
“Não só fui entusiasticamente aplaudida de pé, com comentários e assobios de encorajamento por parte do público masculino, como recebi uma gloriosa ovação de silêncio no backstage! E contraste absoluto com a reacção do público, nenhuma das girls me elogiou ou fez qualquer referência ao facto de eu ter incendiado a audiência… Para mim esse silêncio foi um tremendo elogio…” (p. 406)
“A seguir comemos em silêncio, enquanto eu matutava na anormalidade completa que é uma relação em que uma das pessoas tem medo da outra. Se me contassem uma cena destas, eu passava-me dos carretos e chamava “despersonalizada” e “covarde” à pessoa que se submetesse e uma merda assim. Mas agora quem se está a sujeitar a esta situação sou eu. EU! E nunca pensei que isso fosse possível. Que efeito é este que o Pedro tem sobre mim que me torna uma mulher vergonhosamente submissa? (…) É algo que me domina e me bloqueia, impedindo-me de reagir normalmente. É uma dependência terrível, um medo obsessivo de o perder. Isto não é amor. É doença.” (p.443)
“A noite passada o Clube foi invadido por italianos(…).Quando estavam a conversar comigo começou um show no palco, e eu calei-me para os deixar apreciar. Mas eles nem olharam para o palco e disseram-me que, quando se está com uma mulher, não se olha para as outras. Adorei-os!” (p.489)
Recomendo... Só porque sim...
5 Comments:
"Mas agora quem se está a sujeitar a esta situação sou eu. EU! E nunca pensei que isso fosse possível. (...) É uma dependência terrível, um medo obsessivo de o perder."
é!
não é um 'mundo' que me seduza, mas tenho curiosidade em lê-lo, porque gostei dela (na TVI).
...e eu que ando a ler Dostoiévski...
gostei "...quando se está com ma mulher não se olha para as outras"
Acho que também os "adorei"!
bom conselho:)
beijo vagabundo
Fiquei a adorar os italianos!!!
Onde se podem encontrar mais espécimes desses??
Será que num país no sul da Europa, em forma de bota?
Acho que já sei onde quero passar as minhas próximas férias (de preferência com um grupo de amigas...)! :P
Beijinhos.
Obrigada pelos comentários tão simpáticos ao meu livro. E, sim, os italianos são realmente encantadores e sabem como fazer uma mulher sentir-se bem especial - pelo menos os que eu tenho conhecido...
Leonor Sousa
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