segunda-feira, janeiro 29, 2007

O banho

Telefonema:
Ele: Então, já estás pronta?
Ela: Nem perto. Ainda falta tomar banho.
Ele: Pois, também a mim. Então daqui a meia hora?
Ela: Meia hora?!!

Ao fim de quase sete anos de namoro, já consigo perceber que o meu namorado, além do banho propriamente dito, não faz a depilação das axilas, não põe hidratante no corpo, nem o tónico e o creme de rosto, nem amaciador no cabelo, nem os desodorizantes todos que eu ponho. E já não vou falar da base e da maquilhagem, que eu uso raríssimamente! A estas acções combinadas, ele chama “Banho à Cleópatra”... Porque ele, obviamente, faz apenas o básico: banho, spray no sovaco, pente e rua!
Assim também eu me despachava em meia hora! Mas, ao fim de uns meses, aposto que ele me trocaria por alguém de pele macia e cabelos sedosos, em suma: por UMA GAJA!

domingo, janeiro 21, 2007

SPM* e Saldos

A situação é grave. Muito grave.
Saldos e SPM* na mesma altura!
Como escapar?
Pois. Não se escapa...
Tenho vergonha de andar a gastar um dinheiro que me vai fazer falta de certeza… Mas como combater um violento SPM* sem umas comprinhas? E como ignorar as lojas a chamarem por nós com grandes cartazes que dizem “-50%” ou “ Segundos Saldos”?
EU SOU MLHER!!!
Estou mais tesa, mas mais bonita!
Balanço?
Umas calças, dois pares de luvas à Jessica Rabbit, uma camisa e… seis vestidos!
Tudo junto não custou mais do que um vestido da Lanidor em época normal.
…É o que vale…


* SPM = Sindroma Pré-Menstrual

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Problemas...

Cardos & Prosas, blog para desabafar os problemas de jovens mulheres...
Nos nossos dias, os problemas das jovens mulheres passam muitas vezes por não conseguirem encontrar um trabalho condigno das suas expectativas e competências. Passam também por, estando a trabalhar, não conseguirem ter o mesmo reconhecimentos que os colegas do outro sexo, apesar de se esforçarem muito mais e conseguirem ser melhores naquilo que fazem. São problemas que afectam o mundo do trabalho do século XXI.

O meu problema é diferente. Não é um problema do século XXI, é um problema do século XIII, onde se liquidavam todos aqueles que nos pudessem fazer sombra ou que conseguissem algo mais do nós. A inveja é um dos grandes males da nossa sociedade....

Hoje sinto-me um pouco triste e fiquei muito desiludida. Descobri que, após seis anos de vivência em comum (das 9 às 18 apenas!!!), as pessoas não são capazes de ficar felizes pelas novas conquistas dos outros, daqueles que colaboraram conosco tão afincadamente e durante tanto tempo, que são mesquinhas o suficiente para, no final de uma relação (de trabalho, saliento!!!!!) querem dificultar e massacrar, por todos os meios, os seus amigos e conhecidos.

Será que é nisto que queremos que a nossa sociedade se transforme??? Se é que ainda há volta atrás... :s
O que poderemos, nós jovens mulheres, fazer para que possamos amadurecer e envelhecer numa sociedade mais solidária?
Será que chega termos um comportamento correcto ou, por outro lado, devemos responder na mesma moeda para ver "como elas mordem"? Muitas vezes apetece!!


http://jovenspelosim.blogspot.com - passando a publicidade... ;)

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Homens e Mulheres segundo um stripper portuguesa

Excertos do livro “Amanhã À Mesma Hora – Diário de Uma Stripper Portuguesa”, de Leonor Sousa. Um livro despretensioso que encerra muitas lições sobre homens e mulheres…

“Às vezes, isto de ser mulher e viver sujeita a ciclos menstruais é um verdadeiro drama e, para ser sincera, não percebo como é que os homens nos aturam, sempre tão inconstantes e a mudar de opinião. Se calhar é porque nós também aturamos as merdas deles, sempre a meterem na boca bocados de queijos enormes e rirem-se dos seus próprios peidos…” (p. 319)

“(…) Sei que para perturbar um adolescente, tenha ele treze ou trinta anos, não é necessário ser-se uma bomba de mulher. Basta olhar-se para ele e dar-lhe a entender que, sim, reparamos que ele existe e que, não, não o desprezamos como uma larva miserável.” (p. 350)

“A verdade é que as flores em si não me interessavam para nada. Só as exibi para fazer publicidade a mim mesma… E resultou porque reparei que nas outras mesas os gajos não paravam de olhar para mim e houve mesmo alguns que me piscaram o olho. Os homens são mesmo uns simples. Podem estar horas o olhar para uma girl sentada sozinha, mas só a vêem quando ela se senta ou faz um table dance para outro homem…” (p.362)

“Não só fui entusiasticamente aplaudida de pé, com comentários e assobios de encorajamento por parte do público masculino, como recebi uma gloriosa ovação de silêncio no backstage! E contraste absoluto com a reacção do público, nenhuma das girls me elogiou ou fez qualquer referência ao facto de eu ter incendiado a audiência… Para mim esse silêncio foi um tremendo elogio…” (p. 406)

“A seguir comemos em silêncio, enquanto eu matutava na anormalidade completa que é uma relação em que uma das pessoas tem medo da outra. Se me contassem uma cena destas, eu passava-me dos carretos e chamava “despersonalizada” e “covarde” à pessoa que se submetesse e uma merda assim. Mas agora quem se está a sujeitar a esta situação sou eu. EU! E nunca pensei que isso fosse possível. Que efeito é este que o Pedro tem sobre mim que me torna uma mulher vergonhosamente submissa? (…) É algo que me domina e me bloqueia, impedindo-me de reagir normalmente. É uma dependência terrível, um medo obsessivo de o perder. Isto não é amor. É doença.” (p.443)

“A noite passada o Clube foi invadido por italianos(…).Quando estavam a conversar comigo começou um show no palco, e eu calei-me para os deixar apreciar. Mas eles nem olharam para o palco e disseram-me que, quando se está com uma mulher, não se olha para as outras. Adorei-os!” (p.489)

Recomendo... Só porque sim...