sexta-feira, junho 23, 2006

A beleza vem de dentro

"A beleza vem de dentro."
Já ouvi esta frase milhões de vezes. E acreditava nela. Conceptualmente é verdade. Quando estamos bem, é mais fácil as pessoas aproximarem-se de nós... E podemos chamar a isso "beleza"... Porque não?
Mas não acreditava que esta descrita "beleza" tivesse algo de efectivamente físico. Isto é, não acreditava que alguém pudesse olhar-se no espelho e pensar "Bom, eu estou linda hoje!" apenas porque estava bem psicologicamente...
Hoje já sei que isso é possível.

Passo a explicar....
Viajei recentemente até Inglaterra (alguns saberão)... Lá, mal tive tempo para dormir. Se dormi uma média de 4 ou 5 horas por noite foi muito. Aliás, na primeira e na última noite, nem vi a cama...
Mesmo assim, todos os dias de manhã olhava para o espelho e sentia-me uma gaja espectacular! A sério. Sentimento estranho... Mas senti-o! Olhava-me ao espelho e pensava: "Porra, hoje até estás bem fixe! Que se lixe quem disser que não, porque será mentira!"
As olheiras talvez lá estivessem, mas eu não as vi. Estava linda!
A pele estava sedosa (mesmo sem ter levado todos os cremes que uso em casa...), o cabelo brilhante (como os olhos), o sorriso sempre presente... Fogo, eu estava uma gaja BOA!!! A sério! E, claro, cheia de confiança!
Voltei para casa...
Não queria ter voltado. Tem-me feito imensa confusão o facto de ter de voltar a "pôr os pés na terra" e continuar a viver esta "vidinha"... Não estou nada feliz.
E estou feia! Tenho olhado para o espelho e pergunto-me: "Onde está a gaja que aparecia aqui em Inglaterra em vez de ti?"
Estou uma sombra do que posso ser. Mesmo.
É incrível, mas aprendi que: se estou bem por dentro, estou bem por fora! Mesmo. Fisicamente! Acreditem: a beleza vem MESMO de dentro!
(...A ver se dou uma faxina na alma e o corpo fica melhorzinho...)

sexta-feira, junho 16, 2006

O Momento perfeito para o tempo parar

Eu dançava como uma louca! Naquele botequim de beira de estrada, perdido no meio de um território poeirento que lembrava os seus anteriores donos a cada passo – os índios -, eu abanava-me sem pudor, como se não houvesse um amanhã. A jukebox vomitava Madonna e o ritmo, juntamente com o sol quente que entrava pelas janelas sujas às golfadas e os olhares babados dos homens rudes que se sentavam ao balcão a beber whisky, faziam-me sentir um formigueiro pelo corpo, como se só agora eu estivesse a despertar... como se, só agora, a vida começasse a fazer sentido.
As fichas estavam a cair, uma a uma, no seu lugar. Os movimento arrojados que eu ensaiava no topo das minhas botas de saltos altos eram uma espécie de dança da libertação, como um dia ali se dançou a dança da chuva...
No fim da canção eu estava exausta. E ria. Ria involuntariamente. Subitamente consciente, obriguei-me a reprimir as emoções que surgiam aos borbotões. Eu queria continuar a rir. Pela primeira vez na vida, eu sabia que ninguém me podia fazer mal. Eu estava no controlo. Sabia de onde vinha e para onde ia. Sabia que a minha vida tinha recomeçado e estava nas minhas mãos. Voltei a rir com a força dessa certeza.
Os quilómetros que deixámos para trás, as estradas poeirentas, o vento nos cabelos enquanto berrávamos para a paisagem empoleiradas no bancos do descapotável, as canções arrastadas e enrouquecidas ao pôr do sol, as noites ao som da guitarra e embaladas pelos risos de conversas irrepetíveis... Resultaram. Esse enorme somatório de momentos insignificantes tinham-me devolvido a minha vida. Estava nas minhas mãos! O meu coração transbordava de alegria e o meu rosto de confiança.
Dirigi-me ao balcão. Fiz questão de, como nos filmes, deixar bem visível o decote enquanto me inclinava, insinuante, sobre o balcão a pedir um shot de tequilla para celebrar. Celebrar o quê?! A vida, pois então!
A Xana já tinha visto o suficiente. Ela, a louca, era agora a que me chamava à atenção e sugeria que saíssemos dali.
Bebi o shot de um gole. Paguei, tirando o dinheiro do meu mini bolso da minha mini-saia de ganga e atirando as moedas para o balcão. O bartender pareceu ridículo, não sei se pela sofreguidão com que procurava agarrar o dinheiro, se pela sofreguidão com que tentava agarrar o meu corpo com o olhar. Voltei a rir com vontade, enquanto a Xana insistia que “tínhamos de ir”, embora nenhuma de nós soubesse bem aonde...
Decidi fazer-lhe a vontade. Desfilei até à jukebox, onde tinha deixado o meu chapéu de cowgirl. Pu-lo na cabeça com um ar estudado de menina má. E voltei a atravessar o bar bamboleante. Antes de cruzar a porta da rua com a Xana atrás de mim, larguei um “Tenham um bom dia, rapazes!” gozão.
Era o momento ideal. Era o momento perfeito para o tempo parar. E ele parou quando os nossos olhos se encontraram, por segundos, anquanto nos cruzávamos. Foi difícil desviar o olhar... Não sei quem o fez primeiro, porque o sol da tarde me cegou quando transpus a porta e deixei de te ver enquanto entravas na sombra do interior do bar. Mas foi o momento perfeito para o tempo parar.
Não ouvi a histeria da Xana até já estarmos de novo na estrada. Ela descrevia-te, deslumbrada, mas eu não a ouvia. Estava dormente. Distante. Ainda enterrada no teu olhar.
Foi o momento perfeito par o tempo parar. Eu estava no meu melhor. Tinha-me encontrado... E tinha-te encontrado.
Naquela tarde o tempo parou... A estrada à minha frente mostrava o caminho a percorrer. O teu olhar, todas as promessasque eu nunca tinha ousado parar para ouvir. Mais um momento insignificante no somatório de momentos insignificantes daquela viagem que fez a minha vida deixar de parecer insignificante.
Mais um momento... o momento em que o tempo parou... O momento que eu vou guardar para sempre. O momento que eu sei que vou recordar no exacto segundo do meu último suspiro. O momento perfeito... para o tempo parar...


(Esta história foi lida no programa da Antena 1 "História devida", de dia 7 de Junho de 2006. Escrevi-a com base na necessidade de uma mulher se sentir bem, completa, fantástica, sexy, feliz consigo mesma e de como o momento perfeito para conhecer "aquela pessoa" é DEPOIS de isso acontecer ...e não PARA que isso aconteça... Espero que gostem.)

segunda-feira, junho 12, 2006

A nossa amiga GK

A nossa "menina" GK, está a ADORAR, a experiência UK. Ontem enviou uma mensagem, que só dizia: INDESCRÍTIVEL.

domingo, junho 11, 2006

Portugal - Angola ou Angola - Portugal

Nunca mais são 20h!!!


SoNosCredita

sexta-feira, junho 09, 2006

"Lufada de ar fresco para a alma"

"As melhores mulheres pertencem aos homens mais atrevidos... Mulheres são como maças em árvores, as melhores estão no topo... Os homens não querem alcançar essas boas, porque eles tem medo de cair e se machucar. Preferem pegar as mais podres que ficam no chão, que não são boas como as do topo, mas são fáceis de se conseguir. Assim, as maças no topo pensam que algo está errado com elas, quando na verdade, ELES estão errados... Elas tem que esperar um pouco para o homem certo chegar, aquele que é valente o bastante para escalar até ao topo da árvore."

Não foi dirigido a mim, mas foi bom ler isto, já fazia falta, não pela falta de qualidade de outras, mas para promover o que cada uma tem de bom!

quarta-feira, junho 07, 2006

Os nossos pensamentos criam a nossa realidade

"Os nossos pensamentos, criam a nossa realidade"*.
Gostei da frase, nem sei se foi bem esta, mas se não é esta, será algo muito parecido com ela. Disse-a uma conhecida actriz norte americana num contexto de carta: "O que diria ao se EU mais novo? Que conselhos lhe daria?"

Cada vez mais acredito que o que pensamos e como pensamos, não modificam, criam a nossa realidade. Isto veio num seguimento de um programa em que se comentava o quão deprimente e auto-comiserante estavam as pessoas nos EUA sobre a sua aparência física. Claro que foram buscar uma miuda de uns 18 anos, lindissima e "boa", claro está, mas que se achava feia. Surreal, é claro... Bom, daí a importância dos nossos pensamentos. Não é só o: Se eu não gostar de mim, quem gostará? Como o se eu não me achar bonita, quem me achará? A força deste pensamento está em: quando nos achamos bonitas, ficamos defacto mais bonitas, sorrimos mais, somos mais "abertas e espontâneas" para o mundo, ou para quem acharmos melhor, essa beleza vem de dentro e conta muito mais que um estéreotipo de "gaja boa" de trombas para o mundo.

"Todas as teorias/correntes darão certo, se as levarmos até ao final". Também gosto desta frase, gosto dela pois é um incentivo para atingir uma meta. Se defacto se quer algo, há que ir até ao fim... com a mesma estratégia ou não, não interessa. Interessa chegar ao fim com resultados positivos e porque não, divertirmo-nos no caminho?


*Salvaguardando que não se pode viver de pensamentos. Se se pensa demais, não se vive, respira-se.

terça-feira, junho 06, 2006

Sem refegos

http://www.fblog.noite.pt/JOAO_GONCALVES
Pois é, faço publicidade a este site, mas não devia... pois digamos que foi dos sites mais explícitos que vi… “apanhei-o” por acaso, gostei de algumas fotos, outras nem tanto. Faço publicidade a este blog, pois chocou-me uma coisa: todas as fotos de são com corpos esculturais… sinceramente, nem as minhas amigas, as que considero “boas”, poderiam “igualar aquilo”. Pelo menos tem a mais valia de ter GAJOS :)

Não acho justo, nota-se que nestas imagens existe algum cuidado estético, a busca de alguma beleza, mas a questão está: será que só as pessoas magras podem ser bonitas? Só as sem refegos tem direito a “tratamento delicado” e serem expostas de maneira tão bonita? Não dá para perceber se as com refegos dariam fotos bonitas ou não… porque simplesmente não as há!!! Senti-me indignada e triste! É claro que deixei comentário no blog do autor...

domingo, junho 04, 2006

Se não for fruto da intimidade, não quero!

Serei diferente das outras mulheres se disser que não me apetece fazer amor se for “porque sim”?
Imaginem…
Têm uma relação estável, saudável, satisfatória ao nível afectivo. No entanto, há alturas na vida de qualquer casal em que, tendo menos tempo um para o outro, acabam por se afastar um pouco. Isto é, passam semanas em que a prioridade é o trabalho e os encontros servem para fazer um resumo quase telegráfico do dia de cada um… É óbvio que se perde um pouco de intimidade! Os carinhos existem, mas têm os minutos contados. Não dá para os “viver” de facto…
Ora, um belo dia, depois deste período, ambos têm uma noite livre. Óptimo! Há finalmente tempo um para o outro!
Mas, desculpem lá, por mais carente que esteja, não me apetece saltar logo para um cama! Não quero! Não consigo!
Tenho de recuperar a cumplicidade, o carinho, a intimidade antes de tirar a roupa!
Desculpem lá se não é moderno! Se não se coaduna com a minha jovem idade!
Se não for fruto da intimidade, não quero!
Por vários motivos: porque não me dá pica sexo com hora marcada; porque acho mais importante perceber como está o parceiro, o que evoluiu, o que viveu, quais as suas novas metas, acompanhá-lo; e porque exijo que seja espacial e, para isso, tenho de me sentir, mais do que desejada, amada!!!
Serei algum bicho-do-mato? Não que mude alguma coisa, mas, já agora, gostava de saber… Serei exigente demais? Chata? Diferente?...