segunda-feira, novembro 20, 2006

O tipo que não nos conhece...

Fui ao cinema com o meu namorado. Desta vez, mesmo sem o nosso pedido expresso, o rapaz que nos atendeu sentou-nos a meio da sala, nas filas mais para trás. Eu comentei o facto com ele:
_ Viste? Já nem é preciso dizer-lhes que queremos os lugares a meio da sala, nas filas a partir do meio para trás. É o que faz sermos clientes habituais!
Resposta dele:
_ Não! Este nem nos conhece! Nunca o vi cá. Deve ser a primeira semana dele a trabalhar aqui.
Eu disse-lhe que não, que ele nos conhecia. Até insisti. Afinal aquele era o empregado que, quando eu lá fui sozinha um dia, tentou “armar-se em engraçadinho”…Mas o meu namorado insistiu que ele não nos conhecia e eu deixei-o acreditar nisso. Sempre fica mais descansado do que sabendo “toda a verdade”… LOL

domingo, novembro 05, 2006

Sou segura...

Sou segura. Sou segura de mim, segura dos outros e segura do que tenho. Conheço-me e conheço aqueles a quem permito que me sejam íntimos. Sei o que esperar deles. Raramente me surpreendem. E por isso, sei que tenho um namorado fantástico, amigo, amante. Uma pessoa que me ama profundamente, que me quer e que está bem comigo. Eu sinto o mesmo, o que torna tudo mais fácil.
Conheço-o tão bem, que sei quem são as pessoas suas favoritas e quem não lhe entra na pele. Consigo até prevê-lo com mais ou menos margem de erro. Por isso, não é estranho que o meu namorado goste imenso de uma amiga minha… e goste menos de outras, claro.
Eu sei que ele adora aquela minha amiga. Ela tem tudo a ver com o que ele poderia amar. Não me foi nada complicado aceitar que ele queira saber dela muitas vezes. Sempre que eu falo das minhas amigas, segue-se a pergunta: “Como está a…?” Rio e respondo. Nada de anormal.
Mas gaja que é gaja não morre na praia…
A última vez que ele perguntou “Como está a..?” Eu disse-lhe: “Perguntas sempre por ela, já reparaste? Sempre. Não fazes isso com mais ninguém... Devo preocupar-me?” Disse-o com um ar divertido, claro. Só para ver no que dava.
Deu no que eu antecipei: Acha-lhe piada. A forma como mudou de conversa sem fazer ondas nem tentar explicações diz-me que os pensamentos ainda não são pecaminosos. Mas acha-lhe piada…
Três ou quatro dias depois, pergunta por outra amiga. Eu sabia que era para não perguntar pela mesma, por isso respondi com um ar displicente à espera do “resto”. E o resto chegou depois de um breve silêncio: “Viste? Não perguntei pela … . Só para tu não dizeres que eu pergunto sempre por ela…” Ao que eu respondi: “O facto de te lembrares de NÃO perguntar por ela também me diz qualquer coisa…” Rimos os dois.
É. Definitivamente, acha-lhe piada. Não demasiada. Acho que, de momento, não preciso de me preocupar. Só precisava de saber… Para continuar a não me surpreender…