Época de festas = SPM Prolongado
A época das festas é, para mim, uma espécie de SPM prolongado.
Já não sou miúda, por isso, o Natal já não me fascina como fascinava (se é que fascinava…). Na verdade, actualmente, esta é a época em que gasto uma pipa de massa que nunca tenho, tentando encaixar presentes em plafonds irreais e dentro dos gostos de pessoas que conheço bem demais para analisar. E depois existe uma tradição, que eu não entendo como começou, de eu fazer um mega-salame de chocolate para a casa do meu namorado. A ideia de ter de ir para a cozinha obrigatoriamente só é superada em irritação pelo desespero de assistir a galas atrás de galas de “solidariedadezinha”. Chamo-lhe “zinha” porque embora seja óptima pelo exemplo só é ressuscitada nesta época e com grande alarido.
Mas passada a fatídica noite do duelo entre Pai Natal e Menino Jesus, eis mais um circo…
O Guronsan põe anúncios na rua, as garrafas de Raposeira esgotam no supermercado e no calendário está marcada a noite em que tu tens de te divertir sob pena dos teus amigos “de espírito jovem” (que nesta idade já começa a rondar o saudosismo) te acusarem de estares “a ficar cota”. Por isso, saca lá das línguas da sogra, veste a tanga azul e vai lá, de copo na mão, ver o fogo artifício, caso ele exista, a tiritar de frio à porta com roupinhas de Verão, antes de ires limpar o vomitado daqueles que, ao contrário de ti, estão longe de serem cotas…
Isto tudo enquanto tentas esquecer que a Terra deu mais uma volta no seu eixo e a tua vida, a vida do país e do planeta em geral, deu um passinho de formiguinha no sentido em que tu ainda ousas sonhar…
Ainda bem que está a acabar…
Já não sou miúda, por isso, o Natal já não me fascina como fascinava (se é que fascinava…). Na verdade, actualmente, esta é a época em que gasto uma pipa de massa que nunca tenho, tentando encaixar presentes em plafonds irreais e dentro dos gostos de pessoas que conheço bem demais para analisar. E depois existe uma tradição, que eu não entendo como começou, de eu fazer um mega-salame de chocolate para a casa do meu namorado. A ideia de ter de ir para a cozinha obrigatoriamente só é superada em irritação pelo desespero de assistir a galas atrás de galas de “solidariedadezinha”. Chamo-lhe “zinha” porque embora seja óptima pelo exemplo só é ressuscitada nesta época e com grande alarido.
Mas passada a fatídica noite do duelo entre Pai Natal e Menino Jesus, eis mais um circo…
O Guronsan põe anúncios na rua, as garrafas de Raposeira esgotam no supermercado e no calendário está marcada a noite em que tu tens de te divertir sob pena dos teus amigos “de espírito jovem” (que nesta idade já começa a rondar o saudosismo) te acusarem de estares “a ficar cota”. Por isso, saca lá das línguas da sogra, veste a tanga azul e vai lá, de copo na mão, ver o fogo artifício, caso ele exista, a tiritar de frio à porta com roupinhas de Verão, antes de ires limpar o vomitado daqueles que, ao contrário de ti, estão longe de serem cotas…
Isto tudo enquanto tentas esquecer que a Terra deu mais uma volta no seu eixo e a tua vida, a vida do país e do planeta em geral, deu um passinho de formiguinha no sentido em que tu ainda ousas sonhar…
Ainda bem que está a acabar…